terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Trip Barra Grande, Delta do Parnaíba, Praia do Macapá e Jeri - CE / por Ciça Galli

Quase tão bom quanto viajar é curtir a viagem dos amigos! Através das fotos e relatos vamos juntos aproveitando a viagem por uma outra perspectiva e, claro, já fazendo planos para uma próxima trip! Essa viagem da nossa amiga não foi diferente. 
Passou por lugares incríveis como o Delta, Barra Grande e a já tradicional para os velejadores, Jericoacoara. Cada foto que eu curtia, era como se estivesse lá. E porque não? Em espírito com certeza estava!

Barra Grande


Nossa kite trip começou em outubro, na praia de Barra Grande. Linda, tranquila, distante das grandes cidades, o local atrai muitos velejadores, mas ainda não é tão popular como Jeri. Na noite em que chegamos ficamos impressionados com a beleza do céu estrelado. Passamos um bom tempo só deitados na areia admirando um visual perfeito, com várias estrelas cadentes. Sentindo a brisa forte e imaginando os dias maravilhosos que estavam por vir.



Começamos em três a nossa kite trip: eu, Veve e Paulo. Ficamos na Pousada Ventos Nativos que é muito bem localizada e tem uma área verde linda, na beira da praia. De manhã após o café da manhã a gente fazia alongamento e meditação no gramadinho entre os coqueiros e com um super visual!
O vento pela manhã é terral mas lá pelas 11h ele muda e as condições ficam perfeitas. Nesse horário já estávamos a caminho da praia, na direção da Kite Escola Paraíso, do casal João Bosco e Isabel, que coordenam um projeto social belíssimo (como aquele do Zu Kite da Silva), disseminando o esporte com os moradores da região. Enquanto a Veve fazia aulas com o Eliezio, eu e Paulo nos revezávamos no velejo e nas fotos. 



























No fim do dia rolava um downwind até a lagoa do pôr-do-sol, onde o Paulo se divertiu bastante. Com vento que chegou a 35 knots, foi fundamental ter kite pequeno, de 7m (que pode ficar over). A volta do passeio da lagoa era de charrete até a pousada.








O lugar é super tranquilo e os meninos do projeto da escolinha de kite são ótimos! Um dia voltamos caminhando pra pousada e acabei esquecendo meu trapézio na areia. Só me dei conta de noite, quando voltei ao local e não havia nada... no outro dia, porém, os meninos vieram me entregar o equipamento que tinha sido guardado por um deles.
De noite as opções gastronômicas são ótimas. De comida gourmet, a pizza e hamburger (até vegetariano!). Mas Barra Grande, diferente de Jericoacoara, não tem uma noite muito agitada. É um lugar bem tranquilo pra aproveitar mais o dia.
Delta do Parnaíba







Nosso quarto dia de viagem foi o melhor! Dia do passeio ao Delta do Parnaíba. No início estava em dúvida sobre levar o equipamento, mas acabei levando. O lugar é incrível! Desde o início do passeio, que passa por Parnaíba e começa a 11km da cidade no Porto dos Tatus, ficamos impressionados com as belezas naturais, a paz e a energia do lugar. Macacos, pássaros e até tucanos eram vistos de perto. 

Paramos numa prainha do rio com dunas belíssimas e seguimos para o Delta. Água por todos os lados no encontro do Rio Parnaíba com o Mar, lagoas que vão e vem, vento na medida certa! Ficar ali só contemplando já seria maravilhoso. Como não tinha mais ninguém além da gente, fiquei um pouco apreensiva de entrar pra velejar. Ainda não estava segura, orçando direitinho. Mas ver o Paulo se divertindo foi a motivação que faltava. Uma dose extra de coragem e lá fui eu. Não sabia que aquela seria uma das experiências mais fantásticas da vida! Vento perfeito, água lisinha... paisagem deslumbrante! Só duas pessoas na água velejando. E eu, finalmente, conseguindo orçar tranquilona, cheia de confiança! Era muita alegria! Ficamos quase três horas ali, onde a Veve fez fotos lindas! Foi O dia da viagem.




Saímos de lá com aquela sensação maravilhosa e até dormir não conseguíamos pensar em outra coisa. Sorrisão de orelha a orelha!









Praia do Macapá



O dia seguinte, porém, ainda trouxe surpresas inesquecíveis: resolvemos ir para a praia do Macapá, que fica a uns 30 minutos de Barra Grande no município de Luis Correa. É também um Delta e a água impressiona pelos tons de azul. Lá também não tinha quase ninguém velejando. Éramos nós e, mais tarde, mais umas 3 ou 4 pessoas! Infra estrutura zero, como no Delta. Então, tivemos que ir com o espírito preparado e uma dose extra de sorte e prudência para que nada desse errado. Deixamos tudo no carro, a chave no bar, e lá fomos nós, com equipamentos e a máquina, que Paulo voltou pra buscar, claro. Ainda bem, porque as fotos ficaram lindas! E mais uma vez voltamos pra pousada com aquela sensação maravilhosa de descobrir um lugar perfeito pra velejar, lindo lindo, com vento muito forte e bem vazio.



Jeri
Em Jeri o esquema foi diferente, mas não menos especial. Lá encontramos nossa amiga Chris Mattoso (grande velejadora!) e conhecemos outros cerca de quinze amigos que foram de Niteroi. 




E a rotina ficou bem divertida e animada! De dia velejo, de noite forró, samba e tudo que Jeri tem de bacana pra oferecer: vários restaurantes deliciosos, dentre os quais o Naturalmente, que tinha o açaí perfeito pro fim das atividades, com granola feita artesanalmente, além dos crepes mais incríveis! A sorveteria Gelato&Grano, a cachaçaria... E o melhor de tudo em Jeri: não se usa nem chinelo! Mas tem que gostar de areia, claro. Ela está em todas as partes.
Lá, ficamos na pousada Blue Jeri. Café da manhã excelente, mas sem aquele quintalzão com coqueiros que tínhamos em Barra Grande. A pousada também não tem uma guarderia e um local pra gente abrir e lavar os kites. Mesmo assim funcionou tudo bem. A piscina no terracinho tinha um visual “lindo de tudo”, especialmente pra ver o pôr do sol.
Já no primeiro dia tratamos de fazer uma massagem e a partir daí foram mais oito dias de velejo intenso. Ventos muuuuuito fortes! Mas com a ajuda do instrutor Neif ficou tudo mais tranquilo. Acabamos nos destacando na maior parte do tempo dos Kitebrothers porque precisávamos de lugares apropriados pra aprender. Começamos pelo Preá, na altura do Rancho do Peixe, no primeiro dia, com todo mundo. 





Ali é tranquilo, mas na Barrinha, lá para os lados das Eólicas, pra quem está iniciando no esporte, é melhor ainda. Isso porque a maré fica bem seca e se a prancha cair, dá pé por um longo trecho. 









O Downwind entre a Barrinha e o Preá é uma ótima oportunidade de estréia para os iniciantes nessa categoria! Mas quem quiser ir por terra vai encontrar pequenos restaurantes de pescadores com uma comida simples e muito boa! A especialidade por lá é a lagosta.
Outro lugar perfeito pra quem tá começando é o Guriú. Lá é um local que tem que ficar ligado na maré, mas além de muito lindo, é bem flat. Em um dos dias que fomos pro Guriú acabamos esticando até o Lago Grande, uma lagoa linda, parecida com a Paraíso (que infelizmente não conheci porque era um dia que não consegui me mover e tive que ficar dormindo na pousada).








É muita história pra contar. Nem os momentos mais tensos, em que buggy atolou e pneu da caminhonete furou (ao mesmo tempo e de noite!) tiraram a animação do povo. Demos um “nó de kite” e resolvemos tudo no melhor astral, ao som do animado DJ Mike, nosso bugueiro.
Fechamos a viagem com um “mini downwindzinho”, primeira experiência que eu e Veve tivemos nessa modalidade, com a companhia (e santa ajuda) do fantástico amigo e instrutor Rodrigo Sprite! Esse foi mais um daqueles dias em que a alegria não cabe dentro da gente! A Veve estava finalmente orçando e velejamos juntas por um bom tempo! Nesse dia até o motorista resolveu fazer aula e deixou a Veve de motorista do kitebus na volta!



Ainda na viagem de retorno a gente já lembrava com saudade dos lindos dias, das doces lembranças, das cenas pitorescas e engraçadas que vivemos... e, claro, dos amigos que esses dias especiais trouxeram.

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